Quais as Semelhanças entre o Yoga e a Dança Oriental?
por Eva Piçarra
‘O mais fácil seria apresentar diferenças entre o Yoga e a Dança Oriental. Dizer que o Yoga é estático e a dança é dinâmica; dizer que o Yoga te remete para o interior e a Dança para o exterior mas seriam definições redutoras. A realidade é que as duas práticas são um ótimo complemento uma da outra mas apresentam mais semelhanças do que poderíamos suspeitar.
Quando procurei a Dança Oriental, foi com a intenção de fazer algo que eu julgava ser completamente diferente do Yoga. Efetivamente, o ritmo, a coreografia, a atitude que se trabalha na dança nada tem a ver mas quando aprofundamos as bases da dança, começamos a encontrar semelhanças.
O Yoga e a dança oriental trabalham todas as partes do corpo, com um rigor idêntico, com uma atenção aos pormenores que nos leva num processo de autodescoberta, do corpo físico, do corpo energético e acima de tudo da nossa própria personalidade.
A abordagem ao corpo, à energia e às emoções são aspetos primordiais em ambas as práticas.
Ambos trabalham a consciência corporal, desde os dedos dos pés ao topo da cabeça. No Yoga, realizamos alongamentos bem acentuados que nos levam a sentir essa expansão na própria pele; a tomar consciência da existência de músculos que não suspeitávamos que existissem; a aprender a estar presente no momento; a individualizar cada parte do corpo, a anca, os pulsos, os dedos dos pés e das mãos… E para quem dança, “ não reconhecem estas ações na Dança Oriental? “
Nas duas práticas encontramos um grande trabalho energético, o “enraizamento”, o movimento de anca, o foco sobre a zona abdominal e o peito, zonas do nosso corpo extremamente importantes pela relação que têm com alguns dos principais centros energéticos que também são muito aprofundados no Yoga. Encontramos também um desafio constante para nos auto superarmos e no fundo, cuidarmos de nós, aprendendo a amar todas as nossas facetas, a nossa autenticidade.
O Yoga ensina-nos a escutar o corpo, a entender como nos podemos desafiar e até superar sem passar os nossos limites, numa evolução gradual, numa autodescoberta constante que nos permite expandir o nosso ser; a dança também nos leva a esse encontro connosco, mas numa abordagem mais externa onde aprendemos a expressar o que vem de dentro, com uma atitude mais ousada, expondo uma parte de nós que por vezes reprimimos. O que se verifica ser um ótimo complemento pois a vida é feita de equilíbrio.
Frases comuns nas duas práticas:
Activa os dedos do pé;
Alonga a parte lateral do tronco;
Encaixe pélvico’
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